"Eu nunca contei aos meus pais sobre ser ameaçada. Às vezes eu tentava me defender. Às vezes me desculpava. Ás vezes fugia.
Sempre me senti sozinha, mas o dia que eu estava na cafeteria, a ameaça fez parecer que a 'Operação Fazer Miley Triste' estava num nível maior. Parecia mais 'Operação Fazer Miley se Deprimir'.
Eu estava tão assustada que contei para um amiga líder de torcida sobre aquilo pelo telefone. Eu deveria parar de almoçar? Deveria me armar com um frasco de ketchup e me preparar para a batalha? Foi depois da escola que a menina me bateu.
Mas em vez ter um final feliz com uma mensagem sobre a superação das adversidades, essa trama terminaria com a minha convivência fora do resto da minha vida, como uma garota eremita e sozinha.
Após faltar muitas audições por causa dessas ameaças, eu não tinha mais conforto em ser líder de torcida. Então eu parei. Comecei a sair com algumas garotas mais velhas e tentei esquecer aquilo, mas as garotas que me ameaçavam continuavam a fazê-lo todos os dias.
Eu odiava a escola. Eu nunca virei de costas para abrir meu armário sem ser espantada por alguém. Eu nunca me atrasei entre as aulas ou depois da escola. Eu ia o tempo todo ao banheiro ou andava nos cantos. Eu não me sentia segura."
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